terça-feira, 12 de agosto de 2008

aplausos



não percebo d'onde vem a insistência de me tirarem sempre o que mais preciso.
o "dia" está quase a chegar
e o que deveria ser o meu pico de alegria programado no início de uma das minhas novas projecções de vida,
pressagia-se ser um fúnebre espectáculo vazio,
de cortinas negras,
luzes encandeantes
e aplausos surdos e absurdos.
não percebo d'onde vem este ódio que se agarra com unhas e dentes ao pouco amor que ainda espreita.
como me pude esquecer de mim?
como me pude esquecer de sorrisos e lágrimas que me apareceram à frente
quando a minha parte podre se oxidava numa adolescência rápida?
se o pólo positivo desta projecção fosse uma aparição constante,
podia esquecer qualquer raiz..
mas a minha ambição,
pura do Animal Consciente,
é demasiado para os parâmetros da concepção convencional da Humanidade.
não percebo porque é que o mundo não é feito à minha medida..
e eu não sou o bucha em vez do estica!

1 comentário:

Sara C. Rodrigues disse...

O mundo é feito à medida que tu quiseres. Basta que o vejas assim =)

p.s. "não percebo porque é que o mundo não é feito à minha medida..
e eu não sou o bucha em vez do estica!"
Para quê um bucha, qd podes ser um estica todo bom? =)