quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

caverna
























o toque dolorosa da folha na pele,
o ardor e o vermelho nos olhos,
e a escuridão que há,
não fora nem no interior,
mas no intermédio em mim,
como uma áurea,
seja lá o que isso for,
tudo isto em conjunto me faz lembrar a caverna onde me deitei
e hoje me volto a deitar.
sentir calor na minha metade direita por obra de meio farrapo,
sentir frio na minha metade esqueda por graça do ósculo da abertura entrada/saída,
faz-me sentir feliz por momentos,
por existirem sensações que nos criam ideias, conceitos, opiniões,
sem sermos totalmente cegos
mesmo havendo tantas nuvens em cada rua por onde somos obrigados a deambular.
esta contradição de sensações
que nos move e faz pensar,
este pensamento que nos afasta do que é real,
no fundo são coisas boas que temos,
só pelo que elas são, ou pelo que fazem,
e ficamos cá por cima a flutuar
e a pensar que vivemos.

foto: casa do gollum.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei do texto mas tens melhores.
Eu gosto do Gollum... mas tens melhores.

Acho que são as sensaçoes realmente que nos faz mover...andar de um lado pro outro
porque são elas que nos dão o verdadeiro sentido da vida. (Será?!)

A tua caverna parece que tem musgo xD por estar tão verde :P